História de Jacaré
Salve, leitores!
Estive lendo uma informação na internet que fez minha mulher rir muito. Na Praia da Macumba, uma das cinco praias do Recreio dos Bandeirantes, no meu saudoso Rio de Janeiro, um senhor utilizou seu bichinho de estimação, que não é um cachorro, nem gato, mas um filhote de jacaré, como arma para se defender de briga com o salva-vidas local, que não lhe permitiu passear com o animal ali.
Leiam agora o caso do jacaré em versos:
Jacaré na praia
Recreio dos Bandeirantes
É bairro de belas praias:
Pontal, Secreto, Recreio
São três praias elegantes...
Mas lá existem também
A Prainha e a Macumba,
Que, para ter proteção,
Faz despachos para o Além.
Recreio dos Bandeirantes
Onde a Praia da Macumba
Nunca mais será como antes
Após tremenda quizumba.
Tudo porque um cidadão,
Pela falta de mulher,
Pra matar a solidão
Adotou um jacaré.
O salva-vidas da praia
Foi logo ver o que era
E quase se afogou
Quando viu o jacaré.
Por isso, notificou
O causador da infração,
Mesmo sabendo que o bicho
Era de estimação.
Foi então que o jacaré,
Lendo a lei da evolução,
Optou por escrever
Que também é nosso irmão.
Mas, pensando em Charles Darwin
E nos direitos iguais...
Ouviu de Russel Wallace:
— Deixe os hominais em paz.
Desde então, foi proibido
Amizade a jacaré,
Que ao rio foi devolvido,
Pois ali não tem maré...
Agora, lá na Macumba,
Após despachos das sombras,
Jacaré só se permite,
Se for deslize nas ondas.
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